A PCR ou proteína C reativa está presente, em pequenas concentrações, nas condições de homeostase no corpo humano. Mas quando há um resultado de proteína C reativa positiva pode indicar que um processo inflamatório ou infeccioso está ocorrendo.
O exame de PCR é comumente feito na rotina laboratorial e um marcador de inflamação muito solicitado pelos médicos, portanto, a compreensão da aplicabilidade é importante para todos profissionais da saúde.
Nesse artigos vamos compreender:
- O que é proteína C reativa e qual sua função?
- Significado clínico da PCR
- Valor referencial para a proteína C reativa
- PCR ultrassensível
Acompanhe para entender mais sobre esse exame de rotina!
O que é proteína C reativa e qual sua função?
A proteína C reativa é uma proteína de fase aguda sintetizada no fígado pelos hepatócitos em conjunto com outras proteínas plasmáticas. A produção é desencadeada pela resposta à liberação de citocinas – interleucinas 1 e 6 – e o fator de necrose tumoral –TNF-α –, que por sua vez são secretados por células inflamatórias como macrófagos e neutrófilos.
Toda essa resposta é chamada de fase aguda de uma inflamação. A função da PCR é desencadear uma resposta inflamatória no corpo facilitando a fagocitose de patógenos ou se ligando a eles e levando para outras células fagocíticas do sistema complementar.
Em outras palavras, a proteína é ativada pelas citocinas e auxilia na fagocitose – destruição – dos patógenos, eliminando a infecção.
Significado clínico da proteína C reativa
O PCR é usado como um marcador de processo inflamatório ou infeccioso – exceto em insuficiência hepática – e, por terem meia vida curta na corrente sanguínea (cerca de 20 horas) são indicadores sensíveis de infecção.
Além disso, também servem para acompanhar o progresso da doença – artrites inflamatórias – ou efetividade do tratamento. A proteína C reativa pode ser – ao associar com outros resultados – um indicativo de risco cardiovascular, mas normalmente, é feito o PCR ultrassensível nesse caso. Veja mais abaixo sobre.
A metodologia usada em laboratórios clínicos podem ser: ELISA, turbidimetria, nefelometria, imunodifusão rápida e aglutinação de partículas de látex. Sendo valor referencial geralmente < 10,0 mg/L.
PCR ultrassensível
O PCR ultrassensível é um teste que consegue detectar concentrações muito baixas da proteína c reativa positiva dentro da corrente sanguínea. É considerado um padrão alto de detecção e super sensível, conseguindo quantificar a partir de 0,04 mg/L.
Em concentrações basais elevadas podem ser correlacionadas com predisposição à doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, infarto e AVC são exemplos.
É claro que isoladamente o exame de PCR ultrassensível não deve ser usado para diagnosticar nenhuma dessas disfunções. Mas relacionando com exames complementares como colesterol, LDL, triglicerídeos e glicemia a assertividade é aumentada.
Valores referenciais e interpretação
Os valores de referência podem alterar de acordo com cada laboratório pela metodologia adotada, mas geralmente, seguem as seguintes concentrações.
PCR:
- O valor de referência é < 10,0 mg/L;
- Inflamação leve e infecção viral: 10 – 40 mg/L;
- Inflamação aguda e infecção bacteriana: 40 – 200 mg/L;
- Infecção bacteriana grave e queimaduras: > 200 mg/L.
PCR Ultrassensível:
Avaliação de risco cardiovascular:
Risco baixo: < 1,00 mg/L;
Risco médio: entre 1,00 e 3,00 mg/L;
Risco alto: > 3,00 mg/L.
A concentração de proteína c reativa sérica aumenta conforme a idade e também em condições fisiológicas como gravidez. A PCR tem maior precisão e sensibilidade que o VHS (velocidade de hemossedimentação), portanto, é um melhor marcador de fase aguda.
Em condições de inflamação aguda a concentração de PCR pode aumentar em até 10.000 vezes em resposta ao estímulo. É evidente sua importância no auxílio diagnóstico.
Se esse conteúdo te ajudou, não esqueça de nos acompanhar para mais informações importantes para sua rotina analítica.